domingo, 3 de abril de 2011

Horário de atendimento no Fórum/repartição pública. Enfim, bom senso!

Essa semana que passou, tornou-se um marco na história recente do judiciário, foi determinado a uniformização do horário de funcionamento e atendimento ao público, pois bem, de muito tempo, se exige uma justiça célere e atuante. Mas como isso ocorreria, sem um "tempo" significante dedicado a isso? É como querer aprender e crescer no direito sem uma dedicação aos estudos, a leitura e a escrita. Não se concebe algo sem esforço, dedicação e comprometimento. O tempo destinado é fundamental para alcançar o sucesso.
A unificação, em todo país, do horário de expediente atende ao caráter e importncia do Judiciário, como consta na Resolução, relatada pelo conselheiro do CNJ. O Judiciário deve aproveitar essa oportunidade para melhor aproveitar a força de trabalho de seus servidores, evitando a superlotação de salas e otimizando a produtividade, dedicando-se assim à sociedade e a seu caráter institucional e essencial ao Estado Democrático de Direito.
A alegação do calor como impedimento para a implementação dos dois turnos de trabalho chega a ser cômica, revoltante e aterrorizante, se não fosse elitista e perversa, tendo em vista um país onde 90% de seus trabalhadores se dedicam às suas funções de forma desumana e degradante. O trabalhador brasileiro enfrenta o calor e o sol para se desincumbir de seu labor. Servidores e magistrados que trabalham em salas com ar condicionado não podem enxergar razoabilidade neste tipo de argumento, que serve para demonstrar o sentimento elitista de alguns membros do Judiciário, que se acham com algum poder divino e pensam que tribunais são castelos de reis medievais imunes a críticas e opiniões, quase que santificados pelo manto magistral. Juízes são servidores públicos e sua missão é servir ao público, à sociedade, ao menos, essa sempre fora minha concepção.

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