sexta-feira, 8 de julho de 2011

Reflexões sob o frio do Rio de Janeiro

   Pode ser psicológico, acredito que não, mas pode ser. Acredito que em dias frios, tudo fica mais sensível, o sentimento, a pele, a saúde e principalmente as idéias para escrever. Ao ler a postagem que acabo de colocar acima como título do blog, lembro-me de quando comecei a "estudar direito" tímido, sem muito o que esperar, sem muito o que saber, apenas aflito e ansioso para aprender. O tempo passou, muita coisa aconteceu, muita coisa mesmo, se parar para lembrar de todas, certamente faltará alguma, pois foram muitas. Ocorre que uma coisa não mudou, quer dizer, se for considerar como mudança a intensidade e o prazer naquilo que se faz, então, posso considerar como mudança, o meu amor pelo Direito. No último dia de aula da graduação lembro de um amigo de turma que dizia - (vou sentir saudades) - e eu respondi - (eu não, pois não vou sair daqui) - o sentido ilustrativo da minha fala se referia ao não abandonar da sala de aula, do aprimoramento e do avançar no direito. Logo comecei a ministrar aula, fui ser advogado por acidente e hoje sou por opção, amor e prazer. Uma mistura boa, prazerosa e viciante - prática forense + magistério = satisfação. 
   Sofro com as injustiças, não só as que suporto, sinto também na pele a dor daquele que é violentado pela vida, sei que não sou perfeito, mas sempre busco a perfeição, mesmo sabendo ser uma utopia. A luta por aquilo que se acredita, fundada em conceitos e bases concretas voltadas para um bem comum e uma causa verdadeira, viva, justa (mesmo carente de conceito de justiça, mas ao menos sinto o que seja) sempre alcança guarida no coração paterno (Deus). 
   Olho para trás, para hoje e para frente, quanta coisa boa, conquistas, amizades, alegrias, vitórias, frustrações (mesmo com elas se aprende e muito) e muito mais a alcançar. Tudo isso, só tem uma explicação: Amar aquilo que se faz! Como diz o texto onde o apóstolo Paulo dizia:  O Amor ... Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 

Um comentário:

  1. Compartilho com você o mesmo sentimento mestre, mesmo ciente de toda a renúncia e sacrifício pessoal envolvidos, creio que também não abandonarei a sala de aula!!! caminho longo e árduo, porém extremamente prazeroso... Grande abraço e muito sucesso, sempre na Paz do Senhor!!

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